27 de julho de 2011

Minhas inspirações ... (parte 7)

Complicado a gente querer traduzir o que sente né? Já tentei fazer isso muitas vezes. Nem sempre consegui expressar o que sentia, às vezes nossos sentimentos ultrapassam as palavras, os preconceitos, a diferença de idade.
Tenho duas ENORMES paixões na minha vida. Dois seres especiais que devido às surpresas da vida, hoje fazem parte da minha história. Uma escolha diferente e tudo poderia ter mudado. Não mudou. Hoje, mais duas jóias fazem parte dessa caixinha de pessoas especiais da qual é feita a minha vida.
Como diz o filme "Dinossauros", que muito já assistimos juntas: "as pequenas coisas são responsáveis pelas maiores mudanças". Comigo foi assim. Minhas irmãs me mudaram.




A Helena e a Isadora me ensinaram a amar mais. A amar melhor. A amar de um jeito diferente. E a aprender a amar a diferença. Somos iguais e diferentes. Acho bom sermos assim.
Espero que elas aprendam um pouco comigo, espero aprender - ainda mais - com elas. Espero tê-las por perto, sempre junto.
Porque o amor nem sempre é igual. E para nos ensinar isso não é preciso saber falar, não é preciso palavras. Por isso não consigo traduzir o que sinto. Não é 'dizível'. É só de sentir, entender e se permitir.



Por Manoela Soares (@manunsoares)

22 de julho de 2011

Eu acostumei mal

Comecei a escrever esse texto semana passada. Perdi o foco, parei na metade, e não postei no blog. Deixei em banho-maria. Mas essa semana, depois de ver a matéria da jornalista Eliane Brum para a Revista Época, “Meu filho, você não merece nada” meu texto fez todo sentido. Eu sinto exatamente o que está descrito na matéria. Sou da geração que teve tudo nas mãos e que sente-se ligeiramente injustiçada por ter, em certas ocasiões, confiscado o seu direito de ser feliz. Como se a felicidade estivesse incluída em um pacote e pudesse ser escolhida pelos nossos pais, assim como nosso nome.

Sinto, muitas vezes, que faço parte de um mundo diferente. Que mundo é esse em que as pessoas insistem em passar umas por cima das outras para alcançarem seus objetivos? Minha mãe não me criou para isso. Aí que tá.

Eu acostumei mal.

Acostumei a contar com a disponibilidade das pessoas para mim. E ensinei a contarem com a minha também. Daí cheguei num mundo onde só eu fazia a minha parte. E deu pane no sistema.

Chegava em casa sentindo-me injustiçada pelas pessoas, como se cada um que cruzasse meu caminho na rua tivesse que ter por mim, o carinho que meus amigos tem. Que bom que hoje li esse texto e entendi o que acontece comigo. Faço parte de uma geração que aprendeu errado.

Mesmo quem não tem as coisas de mão beijada hoje em dia não se esforça para conseguir o que quer. Aliás, esforço é uma palavra que, aos poucos, vejo saindo do vocabulário. Ninguém quer se esforçar. Ninguém quer se aborrecer. Ninguém quer dar o melhor de si e chegar em casa sem pique pra mais nada. As pessoas escolhem fazer as coisas de outro jeito, que não é o melhor, mas é tão mais simples.

Os pais da minha geração lutaram para dar aos filhos o que não tiveram. Mas esqueceram de dizer “não”. Esqueceram de mandar que nos virássemos sozinhos; esqueceram de dizer que não estariam sempre aqui pra nos ajudar; esqueceram de dizer que o mundo não é a nossa casa onde achamos que conhecemos as pessoas; esqueceram de dizer que às vezes é preciso engolir o choro e esquecer o orgulho; que errar não é sinônimo de fracasso e que a vida é nossa, as escolhas também devem ser. Somos nós que, para o resto da vida, vamos ter que conviver com o tipo de ser humano que nos tornarmos.

Eu acostumei mal, mas aprendi certo. E venho aprendendo constantemente. Ser forte é uma prática que pode sim ser adquirida com o tempo. E felicidade não é um direito escrito em folha de papel timbrado e reconhecido em cartório como nosso. Ela deve ser cuidada e adquirida por nós mesmos, de preferência, diariamente.

Agora é só eu ficar lendo esse texto até entender toda essa complexidade de verdade.



Por Manoela Soares (@manunsoares)

18 de julho de 2011

O nome do que eu sinto

Nossa, com esse blog cada dia é uma surpresa. Semana passada uma grande amiga minha (grande e linda) me ligou pra falarmos de várias coisas, já que a correria dos nossos dias não permite que nos vejamos muito. Entre outros assuntos fui surpreendida com ela me dizendo:

- Teu blog tá muito bom, tenho lido sempre. Me identifiquei demais com teu texto “Saudade nenhuma de mim”. Segue assim!

Receber uma ligação como essa, numa manhã qualquer não é pouco. Depois daquilo ganhei meu dia. O nome que dei a emoção que senti foi: carinho. Que carinhoso da parte da minha amiga me ligar pra dizer isso. Quantas vezes deixo de dizer pra alguém o quanto está bonito, o quanto admiro seu trabalho, o quanto escreve ou desenha bem? Quantas vezes não expresso o meu carinho pelas pessoas que fazem parte da minha vida por medo que elas sintam-se constrangidas? Mas constrangidas por que afinal de contas? Constrangida estou eu por não ter dividido meu carinho até hoje. A partir de agora as coisas mudarão.

Agora há pouco mesmo, entrei no twitter e vi que uma ex-colega de faculdade tinha deixado uma mensagem sobre o blog. Ela se emocionou lendo o que eu escrevi. E ela veio me dizer. Ela veio me incentivar a escrever; veio dizer que gostou. Que gentileza! Como poucas que vemos por aí. Quantas vezes deixei de incentivar alguém mesmo acreditando no trabalho? Quantas vezes deixei de falar o que era realmente necessário?

Esse não é um texto, é um pensamento alto. Quero ser pra alguém como essas pessoas foram para mim. Quero ser incentivadora de quem eu amo, quero que saibam que admiro, quero que me sintam presente, quero ser carinhosa, quero ser gentil.

O nome disso é carinho. É gentileza. É amor.

Muito obrigada. O nome do que eu sinto é gratidão.

Ter esse blog e colher os frutos que ele vem me proporcionando, por si só, me fazem uma pessoa melhor.



Por Manoela Soares (@manunsoares)


ps: Na véspera do Blog completar 3000 acessos, essa é a melhor comemoração!

15 de julho de 2011

Pode ser

A Pepsi tem feito comerciais mostrando que o “Pode ser?” pode ser mesmo muito bom. A marca se utilizou desta proposta porque, no Brasil, ela não é preferência entre os consumidores. Mas lá de vez em quando, até pode ser tomar uma Pepsi. O que eu digo é que ela não é a primeira opção de quem consome refrigerante. Eu me dei conta de que, na minha vida, diversas vezes fiz coisas que também não eram o que eu pretendia, mas que deram certo. Algumas delas se tornaram fundamentais.

Por exemplo, eu sempre quis ser atriz. Mas não era sonho de criança não: fiz teatro durante mais de cinco anos, me apresentava em escolas carentes para as crianças e um dia já fui até reconhecida na rua, quando uma menina, acompanhada do pai me perguntou:

- Né que tu é a Narizinho do Sítio do Pica-pau amarelo?

Sim, eu era! E até os 17 anos representei diversos personagens, ouvi críticas e elogios, fiz curso de Artes Cênicas com alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em Porto Alegre, enfim .. quase fui atriz. Em 2007 me inscrevi para o vestibular da UFRGS, no Curso de Artes Cênicas. Mas não fui fazer a prova. Fiz, sem pretensão nenhuma, o vestibular da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) para Jornalismo. E escolhi jornalismo pelo simples fato de gostar de escrever. O papel mesmo do jornalista como um todo fui entender só na faculdade. A questão é que, dentre as demais possibilidades, e levando em consideração o fato de eu gostar de escrever e de me comunicar bem apesar de ser um pouco tímida, na hora da minha inscrição minha mãe disse.

- Tem o curso de jornalismo, pode ser?

Esse pode ser mudou o rumo da minha vida!

No primeiro dia de aula no curso de Comunicação Social – Habilitação: Jornalismo, um tal de Roberto Mariachi entrou na minha sala e apresentou a Empresa Junior da Universidade, uma grande oportunidade. No segundo dia, lá estava eu, louca para ser empregada. Convivi pouco tempo com o Roberto, já que ele se formou em seguida; mas não sem antes me ensinar algumas coisas bem importantes, como por exemplo, aproveitar a empresa e todas as oportunidades que ela podia oferecer. E eu aproveitei! Um certo dia, quando eu estava no segundo semestre do meu curso, e o meu colega jornalista estava prestes a se formar, o então presidente da Empresa, Luis Junior, me disse:

- Manu, vais ter que te virar com o jornalzinho. (Sim, é assim mesmo que ele fala, e é de “jornalzinho” que ele chamava o nosso Boletim Informativo – Hora Jr. – feito com tanto esforço). E vais ter que segurar essa sozinha; pode ser?

- Pode! – e eu nem tinha feito a cadeira de Redação

Segurei mesmo, e durante o tempo em que permaneci na empresa o “jornalzinho” estava pelos corredores da Universidade no início de todos os meses – ou quando conseguíamos terminar a diagramação. Um dia tive que, com muita dor no coração, deixar a Empresa Junior UCPel, onde aprendi tudo (ou quase tudo) sobre jornalismo, profissionalismo e competência.

Quando eu entrei para a faculdade jurei pra mim mesma e pra toda a minha família que eles jamais me veriam fazer televisão. Que não era pra mim, que eu não tinha perfil nem desenvoltura para tal instrumento de comunicação. Eu nem imaginava que, três anos depois, eles me veriam não só fazendo matéria de TV, mas também apresentando o Programa Terra Sul, feito pela Embrapa Clima Temperado.

Comecei meu trabalho lá fazendo assessoria de imprensa. Foi uma experiência profissional e pessoal difícil de esquecer.

Mas meus amigos estagiários eram todos da área de TV da Embrapa, e um dia, tive que quebrar um galho.

- Se tu não estiver muito ocupada, vais ter que me acompanhar numa matéria, não tenho ninguém pra fazer a entrevista de hoje, o pessoal está todo no campo – disse o Tuninhu, câmera da Embrapa. Pode ser, Manu?

- Pode!

Depois disso, quando renovei meu estágio, passei da assessoria de imprensa direto para o Terra Sul; e o pior, gostei. O programa ia ao ar uma vez por semana para a alegria das minhas avós.

Algumas coisas consegui planejar na minha vida, e vi se concretizarem. Outras aconteceram não exatamente como eu imaginava, mas exatamente como deveriam acontecer. E se destino existe, o meu é extremamente forte, capaz de me tirar dos sonhos que sonhava, para me levar à realidade que deveria me pertencer. E eu que sou tão cabeça dura, me dou conta de que, de vez em quando, é preciso rever nossos conceitos e se permitir experimentar. De vez em quando pode ser diferente, e pode ser muito melhor do que esperávamos.



Por Manoela Soares (@manunsoares)

11 de julho de 2011

Cartas pra guardar

“Para mim é um pouco difícil falar de você. Não tivemos uma relação tão próxima; não tivemos uma relação tão afastada. Estabelecemos, apenas, um padrão para nos comunicarmos, para rirmos aos finais de semana, para vivermos a vida de um jeito um pouco mais tranquilo. Isso porque não temos como sermos separados. Nós não. Ou já nos permitimos assim? É amor o que sentimos, mas é um amor um pouco mais distante. Mais distante de mim, mais distinto para nós. Talvez um dia eu consiga fazer com que todas as palavras saiam da minha boca e você fique finalmente conhecendo quem sou. Mas por enquanto ficamos assim.”


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“Eu te amei antes de conhecer teus olhos. Te amei pela ideia de te ter do meu lado, de te vestir, te ensinar a dizer meu nome, te ver caminhar, te ajudar a conhecer o mundo, influenciar teus hábitos, te servir de inspiração. Te amei antes de saber qual seria o teu nome, quanto tempo levarias para chegar, quais as surpresas trarias contigo. Te amei antes de conhecer teu gosto, antes de conviver com teu gênio, antes de conhecer tuas escolhas. Comecei a te amar antes de ouvir teu som, antes de tocar teu cabelo, antes de ver o teu sorriso e de conhecer o teu rosto. Te amaria fossem quais fossem os teus defeitos, os teus anseios, as tuas carências. Te amaria mesmo que teu choro me levasse para longe, mesmo que tivesse que conviver com incertezas, mesmo que nosso dia-a-dia não fosse lado-a-lado. Eu teria te amado mesmo que tu fosse diferente do que és. Porque eu já sabia que te amava antes de tudo e não precisava saber de mais nada.”


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“Estranho eu ter esse receio de falar de sentimento com pessoas que me são tão caras. Você por exemplo, não sei se alguma vez ouviu um “Eu te amo” saindo da minha boca. Eu acho que não. Eu sei que sabes o que sinto; sei o que sentes também. Para nós duas, parece que as palavras não cabem. Cabem carinhos, cabem conversas, cabem risadas, mas quase não cabem essas pequenas palavras de amor que sentimos. Será que isso importa? Um dia pergunto para alguém que entenda mesmo de sentimento se é preciso falar sempre. Pensando bem eu já deveria ter te falado isso. Vou falar a próxima vez que te ver. Vou te dizer que te amo. Te conheço; vais achar graça e responder um “eu também” sem graça. Por isso mesmo que me pergunto: é preciso falar? Nos sabemos simplesmente. Acho até bonita nossa forma de amor. Ela é diferente das formas de amor que já se tornaram tão convencionais a ponto de só transparecerem em palavras simples. Acho que a conclusão é que nossa ligação é forte demais (de outras vidas até – mas que você não me ouça já que não acredita nisso) e acaba não cabendo numa declaração. Aliás, nosso amor não cabe em lugar nenhum”


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“As vezes te olho mas não consigo enxergar em ti aquela menina que cresceu do meu lado, que gostava mais de brincar com as minhas coisas. Quase não consigo te perceber sincera. As vezes nem tenho vontade de olhar nos teus olhos. O que sinto é uma mistura de vontade de te recuperar com pena por te perder. Já nos perdemos. Já deixamos de conversar e já nem há mais o que ser dito. Estranho eu ter perdido uma parte tão grande da tua vida, capaz de alterar até a tua personalidade, sem que me desse conta. Olho com saudade para as fotos em que aparecemos juntas e penso em como escolhemos caminhos tão distintos. E como não nos cruzamos neles.”


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“Escrever para ti é a mesma coisa que nada: você não pode ler. Não são as palavras, não são os abraços, não são as conversas. É a companhia incansável, a felicidade por me ver chegar, a saudade de dois minutos atrás. É o não entender bonito, que não precisa de explicação em um espaço que cabe tanto amor. Foi você quem me acompanhou em momentos – que eu considerei – como os mais difíceis da minha vida. Foi na sua presença que eu chorei alto. Que pude berrar minhas saudades. E mesmo sem me compreender você me olhava, e fazendo isso, sem perceber, me dava coragem. Você nunca vai ter ideia da importância da sua vinda na minha vida. De como o momento em que nossos caminhos se cruzaram foi o momento em que mais precisei da sua companhia. Obrigada por me deixar sempre contar com ela. Por voltar de cabeça baixa todos os dias depois de uma briga. Por não cobrar que eu seja quem não vou conseguir ser. Por não exigir de mim nada além de um carinho. E obrigada, principalmente por voltar. Por voltar sempre sem mágoa pelo que passou e quase me ensinar a ser um ser humano.”


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Por Manoela Soares (@manunsoares)

ps: qualquer semelhança com a realidade (não) é mera coincidência.

6 de julho de 2011

Eu queria querer

Pensando hoje no eu queria, desde sempre, ter me transformado, no que eu sonhava em ser, tenho certeza de que tenho um caminho bem longo pra percorrer. Porque eu ainda não tenho a minha casa do jeito que eu sempre sonhei, não plantei as flores – aquelas que eu quero escolher – no meu jardim (aliás, como eu falo em flores né?), não tive meus filhos, não solidifiquei minha carreira, ainda não sou tudo aquilo que estou disposta a ser um dia. Mas eu queria querer algumas coisas diferentes.

Eu queria querer viajar pelo mundo, conhecer lugares lindos, aprender a falar várias línguas, ser meio peregrina até. Queria sonhar em fazer essas viagens maravilhosas com as quais todos sonham, ir a lugares que todo mundo quer ir, conhecer gente nova, comer comida diferente, rezar o outro idioma, conhecer outros cheiros. Queria querer ser exploradora de lugares que não sou. E já sinto saudade do Brasil só de pensar em deixá-lo. Com isso não quero dizer que me fixei só na minha cidade – moraria tranquilamente em qualquer outro lugar no meu país. Talvez no exterior também. Mas não é algo que idealizo para a minha vida.

Eu queria querer estudar sempre, não parar na graduação. Queria me dedicar e queria saber citar um autor de tudo o que falo – já que falo muito – para pensarem em como eu sou “embasada”. Queria ter vontade de ler tudo o que cai na minha mão (como todo jornalista faz – ou pelo menos diz que faz) já que sou um tanto quanto criteriosa no que diz respeito a leitura.

Eu queria ter mais coragem para encarar meus medos. Queria ter bem mais pensamentos positivos do que negativos, queria saber ficar melhor sozinha, queria aprender a não acordar no meio da noite.

Queria querer ser independente. Queria, de vez em quando, não ter que precisar da presença das pessoas. Queria querer resolver meus problemas sozinha.

Queria poder ajudar os outros. Mas acima disso, queria querer encarar o mundo saindo de casa pra fazer isso, e parar de exclamar que não existe igualdade já que, por comodidade, eu também não faço parte da luta por ela. E eu queria querer fazer.

Queria querer tantas coisas que não estão no meu roteiro. Queria não querer outras tantas – mas acho que nem cheguei a pensar nisso direito. Quero um dia deixar de querer tanto, e começar a fazer esse tanto. Será que eu chego lá?



Por Manoela Soares (@manunsoares)

5 de julho de 2011

Minhas inspirações ... (parte 6)

Como explicar a coincidência de encontrar exatamente alguém que você tinha que conhecer?



Não tenho muito o que falar dessa que é uma das pessoas mais especiais que já apareceram na minha vida. Talvez seja isso mesmo. Talvez seja difícil escrever de quem se goste tanto, tanto. Por isso escrevi (e disse) poucas vezes pra essa minha grande amiga, o quanto ela é importante e fundamental na minha vida.

Não estamos sempre juntas (nem podemos estar). Não conseguimos compartilhar sempre nossos melhores momentos. Nem nossas piores dores. Na maioria das vezes não contamos com a presença física uma da outra. Para nós, isso já até deixou de ser o mais importante. O melhor é saber que existe cumplicidade com a pessoa que está do outro lado da linha. Que ela te ouve com atenção, que ela te dá os conselhos que a distância e que a ausência permitem. E que daqui há alguns anos, essa mesma cumplicidade vai existir, seja bem pertinho ou do outro lado do mundo!


"mesmo que os nossos planos não sejam os mesmos, haverá sempre a vontade de te reencontrar, em qualquer lugar, pra falar sobre qualquer coisa, se queixar do que incomoda, rir do que passou. Mesmo que o destino separe nossos caminhos, e que a rotina tome conta dos nossos dias, que sempre haja uma fuga pra lembrar do que fomos, pra falar das bobagens que só a gente entende, pra se consolar das dores que nos sufocam. Mesmo que algum dia a gente se separe, não importa quando, nem porque, quero que saibas que eu sempre vou lembrar daquelas BOAS risadas que ao seu lado tornaram pequenos os meus problemas. Dos conselhos que me fizeram crescer. Das boas xingadas que me fizeram pensar duas vezes antes de agir. Bem mais do que uma amiga, bem mais do que uma irmã, mais além de onde as palavras possam ir."

Obrigada @maribergamaschi, por tudo sempre! Mas principalmente, por inspirar a minha vida!



Por Manoela Soares (@manunsoares)




4 de julho de 2011

"As palavras"

Ando um pouco sem inspiração pra escrever ultimamente. Na verdade não me falta o que falar, mas meu tempo tá corrido no trabalho, acabo chegando bem cansada em casa, enfim. Não diferente do que é a vida de todo mundo que trabalha e ainda tem uma vida. Enfim. Mas música eu não parei de ouvir. Então, enquanto não consigo "cuspir" um texto legal, deixo o link e a letra de uma música (que para mim é uma das mais bonitas de ultimamente) da Vanessa da Mata.
As letras dela tem uma coisa que é só dela mesma. Indescritível.

As palavras
Vanessa da Mata

As palavras saem quase sem querer
Rezam por nós dois
Tome conta do que vai dizer
Elas estão dentro dos me
us olhos
Da minha boca, dos meus ombros
Se quiser ouvir
É fácil perceber

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração

Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não me deu direito de viver em paz
Estou aqui para te pedir perdão

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração

As palavras fogem
Se você deixar
O impacto é grande demais
Cidades inteiras nascem a partir daí
Violentam, enlouquecem ou me fazem dormir
Adoecem, curam ou me dão limites
Vá com carinho no que vai dizer

Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração


http://www.youtube.com/watch?v=yVanaf-R9sQ


E eu prometo tentar escrever em breve, tá? Um beijo pra quem (ainda) fica!


Por Manoela Soares (@manunsoares)